O transporte rodoviário brasileiro está em constante mudança. Aquele costume de parar no pedágio está, aos poucos, ficando para trás. Com a chegada do sistema free flow, os pedágios físicos, por sua vez, dão lugar a um modelo digital que promete mais agilidade nas estradas. Para a logística, isso significa menos paradas e mais eficiência — mas também exige novas formas de controle e adaptação.
O que é sistema free flow?
Trata-se, portanto, de uma modalidade de pedágio eletrônico em que a cobrança é feita por meio de pórticos instalados nas rodovias, que identificam os veículos automaticamente – seja por tags eletrônicas (como Sem Parar, Veloe, ConectCar) ou por reconhecimento de placas via OCR. Além disso, o sistema cobra de forma proporcional à distância que o veículo percorre, eliminando a necessidade de parar em cabines físicas.
Benefícios para o setor logístico:
Para o setor logístico, o free flow tem um potencial transformador como:
Redução de Tempo e Custos Operacionais: com a eliminação das paradas nos pedágios, há uma diminuição no tempo de viagem e no consumo de combustível, resultando em entregas mais rápidas e econômicas.
Maior Eficiência no Tráfego: o fluxo contínuo de veículos reduz congestionamentos, especialmente em horários de pico, melhorando a previsibilidade das rotas e a pontualidade nas entregas.
Cobrança Proporcional ao Uso: o sistema permite que os motoristas paguem apenas pela distância percorrida, tornando a cobrança mais justa e alinhada ao uso efetivo das rodovias.
Custos e gestão: desafios do novo modelo
Se por um lado o sistema é mais moderno e eficiente, por outro exige das transportadoras maior controle financeiro e fiscal. A cobrança passa a ser automática, e os valores precisam ser registrados, conferidos e atribuídos corretamente às viagens e clientes.
Falhas na leitura da tag, duplicidade de cobrança ou divergências na identificação de placa são riscos operacionais que podem gerar retrabalho e até prejuízos. Por isso, é essencial que a gestão logística esteja integrada a sistemas de monitoramento e conciliação automática, como ERPs ou TMS que contabilizem os pedágios em tempo real.
Pontos de atenção e cautela regulatória
Porém, especialistas da área logística alertam que, apesar dos benefícios, a implementação ainda exige acompanhamento com cautela. Alguns pontos de atenção incluem:
- A transparência nas tarifas por trecho;
- O prazo para contestação de cobranças indevidas;
- A necessidade de educação do mercado, principalmente de pequenos transportadores.
Conclusão: o papel do operador logístico nesse cenário
Empresas como a LMX Logística, que atuam com transporte, armazenagem e soluções integradas, têm um papel estratégico na adaptação ao novo modelo. Ao integrar tecnologia, controle de dados e planejamento de rotas, operadores logísticos podem ajudar seus clientes a reduzirem custos com pedágios, evitar erros administrativos e aumentar a visibilidade das operações.
Mais do que um avanço tecnológico, o free flow representa, sem dúvida, um ponto de virada na forma como a infraestrutura rodoviária dialoga com a logística brasileira. Por isso, quem estiver preparado, com sistemas integrados e visão estratégica, sairá na frente.