Criado com grandes morangos, cobertos por brigadeiro branco e caramelizado, esse sucesso tem nome: ‘’morango do amor’’ viralizou recentemente nas redes sociais – especialmente TikTok e Instagram – transformando-se em uma verdadeira febre nas docerias nacionais.
Os relatos mostram que confeiteiras vendiam mais de mil unidades por dia, gerando faturamento diário de até R$1.600 e contribuindo para esgotar estoques locais.
Alta demanda, alta complexidade
Com o doce viralizando cada dia mais, a busca por morangos graúdos explodiu proporcionando uma demanda inesperada e repentina, pressionando toda a cadeia de abastecimento desses produtores até distribuidores e operadores logísticos.
A escassez do produto em algumas regiões elevou os preços, exigindo rapidez na redistribuição, reforço no transporte e ajustes nas estratégias de compra e armazenagem – principalmente em centros urbanos com alto consumo. O fenômeno evidenciou como uma simples tendencia pode causar impactos logísticos significativos em questão de dias.
O impacto na cadeia logística
Deixando de ser apenas uma febre nas redes sociais e nos paladares brasileiros, o morango do amor também representou, portanto, um verdadeiro teste para a agilidade nos setores logísticos. Afinal, quando um produto de origem agrícola se torna tendência de consumo em larga escala, toda a estrutura por trás da sua movimentação precisa se adaptar rapidamente.
Nesse caso dos morangos, a logística foi desafiada a lidar com o transporte de um item altamente perecível, que exige temperatura controlada, manuseio cuidadoso e janelas de entrega bastante curtas. Desde a colheita até os centros de distribuição e os pontos de venda, foi necessário agir com precisão para manter a qualidade do produto e evitar desperdícios. Além disso, a concentração de demanda em determinados períodos e localidades impôs maior pressão sobre operadores logísticos, exigindo rotas otimizadas e gestão de estoque eficiente.
Lições para a logística alimentícia
Esse tipo de situação evidencia como a logística moderna precisa ser cada vez mais responsiva e integrada à dinâmica do mercado — inclusive quando essa dinâmica é guiada por tendências sazonais ou virais.
Mas nem tudo está perdido, é possível se preparar com.
- Escalabilidade ágil: preparo para absorver picos repentinos de demanda.
- Rastreabilidade de fornecedores: garantir qualidade e volume suficientes em tempo reduzido.
- Previsão integrada: uso de dados de tendências para antecipar cenários.
- Gestão de preço e renegociação: adaptar contratos e incentivar terminais regionais de abastecimento.
Conclusão
A transformação do morango do amor de simples sobremesa viral em um case logístico mostra, portanto, que tendências gastronômicas impactam toda a cadeia produtiva. Para quem atua com alimentos e perecíveis, os aprendizados são claros: afinal, estar preparado para responder rapidamente aos ciclos de moda e comportamento do consumidor faz toda a diferença.
